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Eu sei de mim, de mim sei eu. Ainda bem. Um blog solo de Álcio e Suas Vozes Na Cabeça.

Wednesday, August 30, 2006

Mr. Zimmerman



Minha nova obsessão musical reside no Sr. Robert Allen Zimmerman, aka, Bob Dylan.
Estou baixando seus discos cronologicamente. Ainda não cheguei em sua fase "eletrificada" para poder xingá-lo junto de seus fãs xiitas, hehehehehe.

Confesso que, por mais que o grande mestre Wilson me diga que os dois últimos deles são afudê, pra mim ele hoje em dia não diz mais nada e está cada vez mais parecido com o Nosferatu (parafraseando o grande John McBain). ;) MAS, como a palavra do tio Wilson vale ouro, já baixei os álbuns "Love And Theft", "Time Out Of Mind" e estou no encalço do último "Modern Times" para ver qual é.



Esse filme é massa! Quem puder, assista! Dirigido por Martin Scorcese, pega o cara justamente nessa época que citei acima, em que foi malhado às pampas por "eletrificar" o som e tocar, veja que heresia, COM UMA BANDA!!! ... tu vês, sem tirar o mérito mas, depois metaleiro e indie é que são insuportáveis...

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Tuesday, August 29, 2006

SonicVolt no Poa Gig Rock!



Então, a SonicVolt vai tocar no Poa Gig Rock nesse sábado!!
O lance será no palco do Mercado B, tipo final de tarde (seis e meia maizomenos), ainda confirmo o horário!

Um grande abraço e agradecimento ao Marcos pela mão!!! :)))\m/!!

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Saturday, August 26, 2006

Já passou da hora...



... das distribuidoras de filmes lançarem finalmente em DVD O Grande Lebowski aqui no Brasil.

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Comprei hoje na Cultura esse maravilhoso e singelo livreto com algumas críticas e resenhas do inestimável Lester Bangs.
Faça um favor para si mesmo, se ainda não conheces o trabalho do cara, corra atrás desse livro e demais escritos no rapaz.

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PS 2006? Mito ou realidade?

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Friday, August 25, 2006

ESSE É "O" FILME!!!!!!



Ai, Jesus!!! Espero que não seja uma enganação, pois estou prattcamentt contando as horas!!!

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Wednesday, August 23, 2006

CATO SALSA EXPERIENCE



Gracias ao Tito por me apresentar essa banda!
Caras, é uma daquelas que podem até não dizer muita coisa, mas com certeza é muito agradável de se escutar.
Eles possuem três álbuns, A Good Tip For a Good Time, Fruit Is Still Fresh e No. 3. O CSE alterna entre momentos mais garageiros, lances psicodélicos e rocks mais "stoneanos". Curti!

Baixe aqui:

DEADBEAT - Do disco "A Good Tip For A Good Time"
KEEP ON RUNNING - Do disco "No. 3" (lembra um pouco o colossal Local H!)

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Sunday, August 20, 2006

Se votar fosse sempre assim...

Os Walverdes estão concorrendo a "melhor videoclip independente" no VMB desse ano com o sensacional "Seja Mais Certo".

Clique aqui e exercite a sua cidadania musical votando no site da MTV.



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Puxado do fotolog dos Walverdes:

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Thursday, August 17, 2006

T REX - ELECTRIC WARRIOR



Além de uma das capas mais AFUDÊ de todos os tempos, o conteúdo é uma beleza!!
Do T Rex, recomendo também o essencial Slider, de 1972, que tem Metal Guru, Buick McKane e Ballrooms Of Mars.

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Ah, antes que eu me esqueça:
DÁ-LHE COLORADO!!!!!!!!!!
heheheheehe

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Áiron

Eu não me convenço mesmo. No slsk já estão rolando algumas faixas do novo disco do Iron Maiden, A Matter Of Life And Death.
Digo que ainda não me convenço, pois ainda perco meu tempo baixando para escutar. Devo estar velho mesmo achando que os caras ainda tem a capacidade de gravar um "novo" Piece Of Mind, Killers ou The Number Of The Beast... Nada mais desde o No Prayer For The Dying, incluindo esse, me emociona no Iron... e isso que era a minha banda de cabeceira!! A banda que, quando criança, me fez pensar em chamar o meu primeiro filho de Steve Harris!!! Sim, eu era TÃO FÃ assim mesmo...

Pendurem as chuteiras, pelamordeDeus!!!

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Tuesday, August 15, 2006

I want the airwaves

Em julho, rolou um projeto para uma rádio virtual, na qual eu participaria com um programa chamado "COLOSSO" (óbvio...). Só que o lance todo foi pro brejo e fiquei na fissura de fazer um podcast.

Então, my little children, que vocês acham? Titio Álcio faz um ou não?

No mais, tenho outra pergunta para "enqueteá-los", hohoho:

Além do podcast, estou numas de criar coletâneas virtuais. Assim tu vais lá, baixa o lance e se diverte escutando uma renca de bandas legais e belas combinações, tanto temáticas, como argutas.

Que tal? Será que rola?

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Entrevista para a REVERB

No começo do ano, concedi uma "entrevista" (com mais cara de bate-papo que qualquer outra coisa) para o zine REVERB, do grande Márcio Fernandes.

Como o lance já foi publicado, boto aqui a íntegra da conversa.

Como foi o set da Sonicvolt lá no Goiânia Noise?

Basicamente foi o mesmo do último ano, com os sons do cd "Playing At The Sun", o cover dos Ramones (Now I Wanna Sniff Some Glue) e mais algumas músicas de outras épocas. Conseguimos tocar umas oito músicas em meia hora corrida. Valeu cada segundo e acho que o povo de lá curtiu. Foi divertido pacas! O Márcio Jr. dos Mechanics subiu no palco para cantar junto "Erik Estrada" e dessa vez ninguém teve que ser levado ao hospital como da outra vez, hehehehehe.

E o palco do festival como é?Eu me refiro a equipamento.Funciona tudo direitinho, tipo regulagens da batéra, retorno e troca das bandas?

Tudo perfeitinho. O nível é outro. Não é aquela coisa de "ah, liga ali naquela tomada e pára de me encher o saco" que ocorre muito por aí. Depois dizem que as bandas é que "não são profissionais"... Lá existe uma preocupação para que o grupo chegue, se sinta bem, plugue seus intrumentos e faça o melhor show possível, com a certeza de que há uma equipe de técnicos cuidando de tudo o tempo todo, para que o som chegue redondo ao público e para a banda. A própria organização fica de olho o tempo inteiro para saber se tudo está conforme a banda quer e se não tem caboclo farfalhando e se perdendo. No mais, tudo é definido em horários. Como são dois teatros correndo ao mesmo tempo, enquanto num tem show, no outro a banda está passando o som e assim vai.
Quanto à bateria e regulagens, acho que estava bom pra mim. Como eu só tenho pratos e não pedal de bumbo, caixa e etc, tenho que usar o disponível, e esse estava bem condicionado. Sim, eu sei que sou chinelão, mas esse ano, se tudo der certo, eu consigo depender somente de mim mesmo nesse quesito, hehehehe.

É a segunda vez que a Sonicvolt toca lá né?Como surgiu essa aproximação com a Monstro?

Sim, foi a segunda vez que fomos para Goiânia. O lance com a Monstro vai de uma amizade que temos com o pessoal de lá. A gente se fala via mail, listas (onde nos conhecemos) e nesse esquema todo de bandidagem que é o underground do rock. ehehehehehe Os "marvado" sempre se acham.

Já que falamos em equipamento eu quero aproveitar:Qual é a tua batéra favorita?Pearl, Tama, Premier, Mapex...?

Pois é, como disse acima, não tenho uma bateria... ainda... quem sabe um dia. MAS, quando eu tiver, gostaria que fosse uma Ludwig, mesmo que seja uma da série "essa-é-a-única-que-tu-vais-conseguir-comprar-seu-pobretão". Pratos eu uso um crash Sabian, um signature Virgil Donatti (que tem uma cúpula muito massa), uma condução lá que nem sei o nome da marca e o hi-hat da Sabian. Nem me pergunte modelos e tamanhos que eu não faço a mínima idéia. hehehehe Eu sou um cara fácil de agradar. Se a bateria estiver lá montadinha e não caindo aos pedaços, eu já fico faceiro.

Ainda no ano passado rolou o show com o pessoal da Matanza, né? Como foi tocar com os caras?

Foi massa. Casa cheia em um dia que despencou de tanto chover. Achei que não ia aparecer ninguém, mas atrolhou o Garagem. Excelente! Estávamos no modo "foda-se", pois não sabíamos como o público do Matanza ia responder ao nosso som, mas fomos muito bem recebidos pela galera. Foi um de nossos melhores shows. Acho que a linguagem "rock" sempre vai ter lugar cativo no coração das pessoas, pois independente do estilo preferido de cada um, quando o rock pega, todo mundo entra junto... Sei que esse pensamento é tri "astral", "cabeça" e tal... "sacação" total. hehehehehe Mas é real mesmo. Acredito que se fizermos bem nossa parte, o resto é conseqüência. Não podemos esperar que todos gostem, mas sempre existirão pessoas que bebem cerveja.

Ficou aberta a possibilidade de um show da Sonicvolt no Rio?

Olha, sempre há a chance. Seja por qual porta for. Não conseguimos conversar muito com os caras do Matanza, pois estava cheio pra caralho e os caras chegaram só na hora do show e tal... aí tu podes imaginar: o Garagem apinhado, pingando suor das paredes e os magrões rodeados de fãs. Eu não ia lá encher o saco dos caras... mas depois do show eu consegui conversar com o batera deles. Gente fina. Acho que se formos tocar no Rio numa hora dessas, será por outras vias, mas se rolar com eles novamente, melhor ainda.

Fala um pouco da gravação das músicas novas. Como rolou o trampo com o Thomas Dreher? Ele é "o cara" pra tirar o som da Sonicvolt?

Márcio, foi um COLOSSO essa gravação com o Thomas. O cara simplesmente é o MELHOR produtor musical que eu conheço no Brasil. Ele é o sonho de todas as bandas que não ficam sentadinhas. A gente aloprou pra caralho e o cara nos acompanhou e fez seu trabalho sempre pensando na melhor forma de alcançar o resultado que nós queríamos. Na real, nos reunimos antes com ele, para passar bem direitinho nossa idéia, nossa concepção e a forma que gostaríamos que o trabalho tomasse. Ele entendeu tudo e nos guiou para o resultado. Um produtor de verdade. Ele não tem medo de experimentar e nós gostamos muito disso quando vamos pro estúdio. Em Porto Alegre tem muita gente que se acha "produtor" e tal e ficam naquela mediocridade de "eu li no manual que não se pode fazer isso"... porra, é quebrando os padrões que conseguimos evoluir. Acredito que o Thomas sabe disso e tem esse "norte" no seu trabalho. Não adianta, o cara é um gênio do mal. Ele sabe tirar o som da SonicVolt, mas acho que se falássemos com o Chris Goss (produtor do Kyuss, QOTSA, Nebula, etc) também poderíamos ter um ótimo resultado, hehehehehehe.

Tu gosta de gravar, gosta dessa função toda ou teu negócio é mesmo o palco?

Cada momento é um momento. Curto pra caralho o clima "noturno" de estúdio, o lance de acompanhar o nascimento, gravação e produção dos sons. Muitas boas idéias surgem nesse momento, pois vemos a música além da zoeira de ensaios e tal. Na gravação do split, a gente ficou muuuuito tempo em estúdio. Eu e o Duda fomos todos os dias. Teve uma hora que a gente estava meio de saco cheio, mas bastaram um ou dois dias depois de finalizado pra gente ficar com saudade daquela rotina, hehehehe. Já o palco é aquilo... é ALI! Não há onde se esconder, não há pro-tools ou produtor para te salvar. Ou tu fazes bem o teu serviço, ou vai pra casa ver tv, alugar um dvd, enfim. Eu adoro tocar ao vivo, mesmo que para duas pessoas... Pouco me interessa. Na hora que começa o show é um "bzzzzzzzzz" até acabar. Colosso total!

Eu percebo um crescimento no número de bandas stoner no Brasil.Tua achas que esse número vem aumentando mesmo?E a que se deve isso?

Rapaz, tem muita gente boa ouvindo e fazendo stoner rock atualmente aqui no Brasil. Não sabia mesmo que existiam tantas até o surgimento do site da Planeta Stoner (www.planetastoner.com). Quando começamos com o site, ele ficou circunscrito aos participantes da lista Stoner Brasil do Yahoo e recebíamos apenas algumas mensagens esporádicas e tal. Depois foi crescendo o negócio e hoje estamos bem na foto, ainda que o site esteja meio "largado" porque não conseguimos tempo para atualizá-lo como deveríamos. A comprovação dessa "cena" é o tributo virtual que a Válvula vai lançar agora, chamado "Achados e Perdidos", apenas com covers dos anos 70, tocados pelas atuais bandas de stoner brasileiras. São umas 23 ou 24 faixas, e isso que um monte de gente ficou de fora ainda por cima...
A "cena" está legal. Aqui no sul existem bandas que, se não são stoner de conceito, são assemelhadas e têm o mesmo propósito, que é tocar rock de guitarra enfezada, saca? Tipo a Carbura, Yesomar, Cartel da Cevada, os sempre excelentes Walverdes, a SonicVolt e etcs. Acredito que a formação dessa "cena" se deve ao fato de ter muita gente de saco cheio daquilo que é vendido como "rock" nos últimos anos. É impressionante a diferença quando tu vês um show de uma Pitty da vida e depois pega um trator como os Walverdes, por exemplo. Ali sim, quem não conhece, passa a conhecer o que é ROCK de verdade e passa a separar o joio do trigo.
Até, na buena, não acho que a SonicVolt seja "stoner", mas não temos problema algum em sermos considerados como tal. Acho que somos Colosso Rock, hehehe, ou como dizem nosos lemas "rock puro e sem gelo" ou "mais que uma banda de rock, pratt-camentt uma marca de cerveja", mas "stoner" também está de bom tamanho.

Bom, eu agradeço a entrevista Álcio e deixo o espaço aberto para as conciderações finais.

Valeu Márcio e REVERB pelo apoio e espaço para a SonicVolt! Visitem nosso site (www.sonicvolt.com.br), baixem nossos mp3s (todas as músicas estão disponíveis no site, desde a primeira demo e, na Trama Virtual, nossa parte do split está na íntegra), mandem mail para gente (contato@sonicvolt.com.br), compareçam nos shows, comprem o disco e nossa camiseta, peçam pra rodar SonicVolt na rádio, heheheehe, e ouçam rock sempre no último volume!! Gracias!!! O Diabo Ouve SonicVolt!

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Monday, August 14, 2006

Van Halen



Clique no título da música para baixar o mp3

VAN HALEN - D.O.A.

We was broke and hungry on a summer day
They sent the sheriff down to try an' drive us away
We were sittin' ducks for the police man
They found a dirty-faced kid in a garbage can, uh ha
Ooh! And I'm alone, I'm on the highway
Wanted, dead or alive
Dead or alive

Broken down and dirty, dressed in rags
A-from the day my mama told me "Boy, you pack your bags."
A-send the mayor down in his pickup truck
The jury look at me, say "Outta luck." Oo-ooh, yeah!

And I'm alone, I'm on the highway
Wanted, dead or alive
Dead or alive, uh-aah!

Alright! Uh!

Now, I'm broken down and dirty, dressed in rags
A-from the day my mama told me "Boy, you pack your bags."
An' we were sittin' ducks for the police man
They found a dirty-faced kid in a garbage can
Di-yeah, yeah!

Babe, I'm alone and, I'm on the highway
Wanted, dead or alive
Dead or alive, ow-ow!

Wow! I'm gone! Ooh yeah! Oh!
Ow-ow!

Baby, let me run
Oh-oh, oh-oh!
I'm a spark on the horizon


Esse som é do caralho... até tocaria com a SonicVolt, mas meus amiguinhos da banda me mandariam pastar, com certeza, ehhehehehe...

Conversando com o brother of steel Marz, falei que farei um post sobre ROCK FAROFA e demais POSERAGENS. Nem tudo aquilo era tão ruim assim... mas dá-lhe peneira também, pois o laquê é um perigo.

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Thursday, August 10, 2006

Colorado-do-do-do!!!

Então, dentro da minha estimativa de só falar de futebol aqui no blog nunca mais, abro uma exceção para o COLORADO!
Espero que os jogadores consigam manter a calma e enfrentem de igual para igual o São Paulo semana que vem aqui no Beira Rio. O Inter é conhecido por parecer um piá emocionado... faz bonito, se emociona e começa a cagar no patê, botando tudo a perder.
Enfim... como for, COLORADO-DO-DO-DO!!!

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Wednesday, August 09, 2006

Pra quem sabe o que é bom


GOV'T MULE - HIGH & MIGHTY

O novo álbum do Gov't Mule, High & Mighty, já está rolando nos slsks da vida.
Escutando uma faixa (Mr. High & Mighty), pareceu-me que os caras voltaram ao velho estilo dos dois primeiros discos, mais guitarras, blues pesadão e aquele velho feeling sulista bonitásso. Não que os posteriores sejam ruins ou algo que o valha, mas são forrados de baladas e músicas meio-meio.
Estou baixando agora o resto do álbum, não sei ainda se ele agüenta o tranco após a segunda faixa, mas, anyway, com o Gov't Mule há sempre a garantia de música bem tocada e bem feita.

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FIREBIRD - HOT WINGS

Excelente novo álbum da banda comandada pelo ex-Carcass, Bill Steer. Mais hard rock que os anteriores e com uma produção qualificada que deu um ar mais "sujo" e ao vivo para a banda. Na minha opinião, para quem quiser começar a conhecer os caras, vão atrás dos álbuns Deluxe e No. 3.

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Show

Amanhã, quinta-feira, tem Dellamarck e Vianna Moog no Jekyll. A Dellamarck é a "nova" Bdriver, um pouco mais rocker pelo que escutei.

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SonicVolt

Voltando ao trabalho plugado hoje!
Temos umas 15 músicas (entre finalizadas e em andamento) para nos ocupar nesses próximos meses. Creio eu que, até o final do ano, gravaremos o repertório inteiro e faremos os preparativos para o lançamento de nosso primeiro cd full.
Ainda não sei bem para onde o vento nos levará dessa vez, mas podem crer que virá mais ROCK por aí.

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Tuesday, August 08, 2006

MONSTER MAGNET



Publicado na Planeta Stoner em 200...e-alguma-coisa. Não atualizei o texto. Ele vai até o álbum God Says No.

Era uma vez nos anos 70, em Nova Jersey - EUA, um rapaz chamado Dave Wyndorf. Entre suas brincadeiras de adolescente estavam: gibis (certa vez chegou a trabalhar numa loja de revistas em quadrinhos e afins) e muitas drogas. Seu primeiro verdadeiro contato com a música se deu com o nascente, e crescente, movimento punk rock nos EUA. Tocou em vários conjuntos locais, mas nada com algum destaque em especial. Apenas diversão.

De 1977 a 1984, fez parte do Shrapnel, junto com Daniel Rey (depois produtor dos Ramones) e com Phil Caivano, que mais tarde viria a ser o terceiro guitarrista do MM.

O Shrapnel pode ser descrito como: um negócio glam-pop-horroroso... músicas sem graça que evocavam a pior new wave - pós-punk. Lançaram um EP, pela Elektra Records, em 1984 auto-intitulado. Obviamente que não vingou...

Na mesma época, o artista-subversivo John McBain criava o Pinque Phloid (depois Dog Of Mystery). Um grupo típico das escolas de arte. Muito som cabeça, onde o principal era a "mensagem" e não a música. Fazia parte desta banda, Tim Cronin, que também participaria depois do MM como o "homem dos barulhos e viagens" nos discos da banda. Mais tarde, Dave Wyndorf juntou-se ao Dog. Porém, a rapaziada trocava de nome e de membros como quem pisca o olho. Até que, em um chegado momento, a coisa estabilizou, com um velho amigo de Tim, Jon Kleiman (bateria) e Joe Calandra (baixo). Dave Wyndorf classificava toda a concepção musical do Dog Of Mystery nas seguintes palavras: "A idéia era basicamente a de sermos a banda mais insuportável que alguém pudesse ouvir".

As primeiras composições sérias começaram a surgir. Logo foi lançado, já sob o nome MONSTER MAGNET (nome que veio de uma gravação feita por Dave sob o nome de Love Monster) o k7-demo "Forget About Life, I'm High On Dope" pela Circuit Records. Com uma resposta boa, por parte do público underground, vieram os EP's "Lizard Johnny/Freak Shop USA" (1989) e "Murder/Tractor" (1990). Um registro facilmente encontrável desta época é o mini-álbum lançado pela Glitterhouse em 1990, chamado "Monster Magnet", que contém todas estas faixas, mais "Snake Dance" e "Nod Scene (The Resin Scrapers)".

Por fim, a Caroline Records bancou a primeira experiência pra valer dos malucos de Nova Jersey, que resultou no magnífico "Spine Of God" em 1991. Este disco é um marco no chamado "space rock" ou "stoner rock". Definiu uma concepção musical até hoje muito copiada. Era uma época de vacas magras para o underground, pois bandas como o Poison, Warrant, Ratt, dominavam o gosto musical das massas. Quem gostaria de ouvir músicas prá lá de viajandonas como "Pill Shovel", "Ozium", "Medicine" e "Zodiac Lung"? Um dos grandes destaques deste disco é a cover do Grand Funk Railroad: "Sin's A Good Man's Brother".

Com inúmeros shows no circuito underground, o MM foi se consolidando como uma banda de peso no cenário musical emergente. Prova disso foi a série de shows com o Soundgarden, lembrados até hoje pelos integrantes do MM como "uma das melhores coisas que já aconteceram conosco".

Porém, nem tudo são flores... Após o último show da turnê com o Soundgarden, John McBain passa a régua e vai embora. Os motivos nunca ficaram bem claros. Parece até que o pessoal gosta mesmo é de brincar com quem se atrever a perguntar o motivo, pois já responderam de tudo, desde o famoso "divergências musicais", passando pela lavagem de roupa suja e pelo "amigos para sempre". O fato é que John McBain sempre foi um sujeito mais voltado para o lado artístico da música, enquanto Dave Wyndorf já dava sinais de quem gostaria de um pouco mais de "reconhecimento" ($), por parte do público e da mídia.

McBain caiu fora e levou um tempo até aparecer novamente com o projeto "Hater", na companhia de Ben Sheppard e Matt Cameron, ambos do Soundgarden. Lançaram em 1993 o álbum "Hater", pela A&M Records (gravadora que pegou o MM também). Bem mais tarde, juntou-se com Josh Homme e fizeram os primeiros volumes do Desert Sessions, bem como formou sua banda, o Wellwater Conspiracy, junto com Matt Cameron, que já lançou três discos (Declaration Of Conformity, The Brotherhood Of Electric e The Scroll And Its Combinations).

Voltando ao MM, Mr. Wyndorf tinha que pensar rápido para não ficar perdido na poeira do tempo. Lançaram o álbum "Tab..." pela Caroline Records já com um novo guitarrista. Ed Mundell, egresso da recém formada The Atomic Bitchwax, aceitou o cargo e se mandou em turnê com o MM.

Com o apoio dos sempre-amigos do Soundgarden, conseguiram um contrato com a sua gravadora, a A&M Records, e lançaram o seu primeiro disco com apoio de major, o grande "Superjudge", em 1993.

O segundo disco veio mais "traduzível" que o primeiro. Melhor produzido, não alcançou grande coisa em termos de "mercado-business", mas consolidou o nome da banda como um dos melhores shows para se ver. Foram feitos clipes para as músicas "Twin Earth" e "Face Down". Bem nesse momento, no meio da onda grunge, passaram desapercebidos, bem como seus bons amigos do Kyuss.

Os excessos dos integrantes garantia a reputação de sujos, loucos e malvados, mas não ajudava na sanidade mental de Dave Wyndorf. A banda chegou a acabar por alguns meses. Mr. Wyndorf estava exausto, voltou para casa e prometeu a si mesmo que não queira nunca mais fazer parte de uma banda de rock. Tolinho... pouco tempo depois já não aguentava mais ficar parado e chamou seus fiéis escudeiros para o disco que iria, finalmente, mudar o rumo das coisas.

Dave se trancafiou num quarto de hotel e compôs "Dopes To Infinity" (1995) inteiro. A partir deste momento, ele tomou as rédeas da banda, e é conhecido como o "benevolente-ditador" da banda desde então. Casa arrumada, o disco emplacou de cara com "Negasonic Teenage Warhead" (praticamente igual à Tales Of Brave Ulysses do Cream). Convites para programas de tv, rádio e muito assédio da mídia escrita, deram vida ao monstro de Dave Wyndorf. Grandes turnês em festivais ao redor do mundo, deram o tom desta vez.

De fôlego renovado, Wyndorf resolve se isolar novamente para criar mais um disco. Sofrendo apenas a pressão dos demais membros, que já não tinham mais dinheiro para comprar suas boletas, o álbum "Powertrip" saiu de uma viagem inusitada de Mr. Wyndorf. Por dois meses ele se meteu no Vietnam. Nada de rádio, nada de tv, nada de jornais, revistas; resultado: voltou logo aos EUA em busca de inspiração e encontrou as rádios tocando somente rap e pop da pior qualidade. Dizia ele"depois de ver no que a America se transformou comigo fora, tinha um compromisso de fazer o álbum mais rock do ano".

Concordando ou não, o fato é que "Powertrip" (1998), emplacou nas paradas americanas e européias, tornando o MM uma banda respeitável finalmente. Nesta época, a banda tocou junto com Hole e Marylin Manson ( na turnê que poderia se chamar 'Clash Of Egos', tamanho eram os barracos), Anthrax, Van Halen, sem falar nos festivais europeus como o Bizarre Festival na Alemanha, abrindo para Page & Plant. Tudo movido ao sucesso de "Space Lord" e "Powertrip", que conquistaram o público ávido por rock de qualidade.

Curiosidade: mais cínico que nunca, ao filmarem o clip de "Space Lord", Dave Wyndorf fez um clip de banda de rap. Muito colorido, muita mulher semi-nua dançando como cheerleaders, hedonismo total. A explicação vem de Mr. Wyndorf, o próprio: "o rock está perdendo espaço para o rap, pois estes artistas vivem sua música, enquanto o rock se tornou algo extremamente inofensivo e distante da garotada que está crescendo. Quem sabe assim, alguém preste atenção e volte aos braços do rock". Nesta mesma época, é chamado Phil Caivano (antigo amigo de Dave da época do Shrapnel) para participar como terceiro guitarrista, deixando Dave livre para enlouquecer nos shows com sua postura de "Rock Star".

Detalhes à parte, este foi o disco de maior sucesso comercial para a banda. Porém, o vento começou a mudar de direção. Uma cena crescente começava a ameaçar o som pesado em geral. Com influências industriais e techno, o nu metal surgia como a salvação do rock e do metal, segundo a crítica, nos idos de 2000. Inúmeras bandas se renderam às afinações baixas e calças de skatistas. O MM não demonstrava uma mudança radical de som desde Dopes To Infinity. E a música "Melt" apareceu deixando todos no limite da decepção e da indiferença. O MM não havia mudado nada do "Powertrip", mas havia incluído muitas influências modernas no seu som.

Mesmo com Dave falando que "God Says No" (2000/2001), marcava a volta da banda ao "space rock", os números e a reação dos fãs foram inversamente proporcionais aos desígnios marketeiros de Mr. Wyndorf. Não foi um fracasso. O disco contém ótimas músicas como "Heads Explode", as pesadas "Queen Of You" e "Doomsday", a loucaça "Gravity Well" e as rockeiras "Down In The Jungle" e "Kiss Of The Scorpion". Mas não foi o bastante para serem "despejados" da A&M Records, que ao mesmo tempo estava se dissolvendo.

Enquanto Dave tocava sozinho o MM, Ed Mundel juntava os trocados ganhos para ajudar na produção dos discos de sua banda, The Atomic Bitchwax, que lançou dois discos: "I" e "II", e encerrou as atividades em 2002 com o lançamento de "Spit Blood". Tim Cronin e Jon Kleiman, também dão sinal de vida-solo com o The Ribeye Brothers, que lançou recentemente o álbum "If I Had A Horse".

O MM neste exato momento está: sem gravadora confirmada, fazendo turnê pelos EUA e começando o processo de composição para um próximo disco que, provavelmente, só será lançado em 2003. O aperitivo do momento é a faixa "Live For The Moment", inédita, gravada para uma trilha sonora daqueles "vale-tudo" americanos. A música não acrescenta nada de novo ao som da banda, mas ainda dá a esperança aos fãs do MM, que esperam a volta de Dave, talvez completamente biruta, mas com um discaço embaixo do braço. Assim esperamos.

- Adicionais:

* Após a turnê de God Says No, Phil Caivano, Jon Kleiman e Joe Calandra caíram fora da banda. Jim Baglino (baixo) e Bob Pantella (bateria) assumiram os postos.
* Em 2004 o Monster Magnet lançou Monolithic Baby, um álbum bem melhor que seu antecessor.
* Um DVD ao vivo estava sendo cogitado para lançamento no final de 2005. Nada concreto até agora.
* O Monster Magnet está com as atividades suspensas desde janeiro, quando Dave Wyndorf sofreu uma overdose.
* Segundo a gravadora, até o final de 2006 deverá haver um novo cd da banda. Enquanto isso, foram relançados os primeiros discos com bônus e nova arte.
* Jon Kleiman e Tim Cronin seguem firmes no Ribeye Brothers. Lançaram em 2006 o cd Bar Ballads & Cautionary Tales, menos country e mais psicodélico e garageiros.

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Wednesday, August 02, 2006

PETÁCULO!!!

Confirmado!!
A SONICVOLT vai abrir para o Camisa de Vênus, dia 21 de outubro, em São Leopoldo!!
Maiores detalhes no decorrer dos andamentos!
Que COLOSSO!!!

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