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Eu sei de mim, de mim sei eu. Ainda bem. Um blog solo de Álcio e Suas Vozes Na Cabeça.

Monday, April 25, 2005

Baita de um disco ao vivo



Perguntam atualmente: "por que diabos não se faz mais discos ao vivo como antigamente?" Simples, não vivemos mais no "antigamente". O mundo digital trouxe todas as facilidades possíveis e imagináveis, a um preço muito caro: a técnica de quem opera a mesa e qualidade geral de equipamento beirando o perfeito. Coisa que "antigamente" não havia, seja por ingenuidade, seja por uma questão de "vibração". As gravações eram muito mais orgânicas e cheias de erros, tanto das bandas, quanto de gravação. Isso dava um sabor especial! Pois quem quer ouvir um show com o batera no metrônomo? Quem quer um show asséptico de todos quietinhos para que "tudô dê certo"? Eu não! Eu quero que a banda se acabe de tanto tocar na frente do público! Quero sangue!! Se há uma coisa que as bandas antigas sabiam dar ao público (ao menos a maior parte delas), era o valor de cada centavo investido no show. Agora, agüente aí os "ao vivo mtv caralho-a-quatro"... tão incolores, inodoros e insípidos...

Esse show do Jethro Tull é do Festival Isle Of Weight, em 1970, já com Martin Barre na guitarra, e com os maluquetes Glenn Cornick e Clive Bunker.

Baita show, de uma baita banda que, infelizmente, decaiu muito depois, quando se meteu a "progressiva"... Esse show ainda é da época blues, folk e rock pesado (sim, "pesado", pois os riffs de "My God", por exemplo, são quase Sabbáthicos).

Buenas, eles eram hippies... mas cd não tem cheiro. Então, beleza.

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